segunda-feira, 25 de maio de 2009

Descrevendo o CASAMENTO

Navegando pela net, encontrei esse texto no blog da noiva Jahm http://jomejahmrumoaoaltar.blogspot.com, que descreve uma forma interessante de ver o casamento como algo duradouro. Espero que gostem!


"Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas até a tenda do velho feiticeiro da tribo para pedir um conselho.O jovem lhe disse:

- Nós nos amamos... e vamos nos casar. E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã; alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos,que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?

E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:


- Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada! Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte e trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. Continuando o feiticeiro falou:

- E tu, Touro Bravo deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!

Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada...

No dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco. O velho pediu que com cuidado as tirassem dos sacos, e viu que eram verdadeiramente formosos exemplares...

Ansioso o jovem perguntou:

- E agora o que faremos? As matamos e depois bebemos a honra de seu sangue? Ou as cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne?

O Feiticeiro olhou-o e disse:

- Não! Apanhem as aves e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro... Quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres...

O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros...

A águia e o falcão tentaram voar, mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar. E o velho disse sabiamente:

- Jamais esqueçam o que estão vendo... Este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão: se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro...

Continuou pausadamente:

- Se quiserem que o amor entre vocês perdure... Voem juntos... Mas jamais amarrados.

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